terça-feira, 9 de setembro de 2008

Apresentação do Grupo

Levante e Cante, pois o grito já não basta

Escrevemos esse texto para falar um pouco do nosso grupo, que hoje disputa as eleições para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFPE. O ‘Levante e Cante’ surgiu da necessidade de um movimento estudantil diferente na UFPE, distante de partidos e toda essa politicagem que nos rodeia.

Entrando em detalhes, tinha uma galera que estava sempre se encontrando nos CEBs (que quer dizer Conselho de Entidades de Base e que basicamente é uma reunião de DAs). Já DA é o mesmo que Diretório Acadêmico, que por sua vez são as entidades estudantis de cada um dos cursos ou centros. Bem, continuando...

Tinha uma galera que estava sempre se encontrando nos CEBs e conversou sobre a importância de se reabrir o DCE (que não tem gestão desde Abril de 2007) e removimentar o movimento estudantil da UFPE. A discussão acabou na conclusão de que não bastava discutir, e então formou-se um grupo que há meses vêm construindo uma proposta de atuação política na nossa universidade.

Nessa construção têm alguns pontos chave que gostaria de passar para vocês. Pra início de conversa digo logo que nenhum partido ou entidade política irá dizer o que devemos ou não fazer. Acreditamos na autonomia estudantil, que as decisões e práticas sejam nossas e não que já venham prontas e ditadas de cima ou de qualquer outro lugar. E mais, horizontalidade como princípio. Veja bem, concordamos que é necessária a organização, que as propostas e atividades devem estar estruturadas e bem definidas, que o esforço deve ser dividido. O que quero dizer com horizontalidade é que simplesmente, nunca a palavra de um valerá mais do que a palavra de outro, só isso.

Acreditamos também que o movimento estudantil deve ser construído por estudantes, aquelas pessoas que participam da vida da universidade, que estão no dia-a-dia e não aqueles que estão na universidade quase que unicamente por interesses partidários. Que os estudantes movimentem e sejam movimentados fazendo fluir algo diferente por aqui. E então que os DAs e o DCE sejam vistos de forma diferente de uma prestadora de serviços, que sejam instrumentos de organização política e facilitadores da construção de uma universidade melhor. Que a idéia de que a entidade tem que “servir” o estudante seja repensada, pois estamos no mesmo barco e é somente com a ajuda mútua que conseguiremos mudar a realidade.

Tá beleza, mas... o ‘Levante e Cante’ é só isso?

Não mesmo, esses posicionamentos são importantes para nortear a nossa atuação, entretanto o fundamental é o nosso projeto político. Um projeto de estudantes que acreditam em transformação social, que para mudar precisa-se juntar e mover tendo sempre como meta a igualdade social, a liberdade de expressão, o conhecimento como um estreito laço entre sociedade e universidade.

5 comentários:

Anônimo disse...

Muito contraditório. Defende a organização política, mas repele as organizações partidárias. Frágil!

Lucas Figueiredo disse...

Não sei se tu entendesse o texto, mas ao meu ver ele está bem claro.

O que foi dito aí encima foi o seguinte po "nenhum partido ou entidade política irá dizer o que devemos ou não fazer".

Sacasse?

Lucas \o_

Anônimo disse...

Engraçado. Não sei se é minha formação política, mas identifico um debate apartidário claro nesse texto. Não estou aqui a defender que haja uma intervenção direta dos partidos nos movimentos sociais. Porém repelir toda e qualquer forma de relação com partidos não é um debate ideológico que era travado pela ditadura militar?
Não é o partido um instrumento da classe trabalhadora que torna possível a disputa política diante do cenário de democracia burguesa em que nós vivemos?
E não seria o DCE uma ENTIDADE POLÍTICA com seus vários fóruns de debate? Sendo então necessário que vocês dirigissem políticamente essa entidade da forma na qual seus fóruns (congressos, assembléias, CEBs) deliberassem?
A classe trabalhadora consciente sabe que precisa se organizar nessa sociedade capitalista. Repudiar as formas de organização da classe é tormar partido da classe opressora!

Anônimo disse...

Vocês falam de horizontalidade e contra o aparelhamento das entidades pelos partidos. Mas retirar um apoio de um DA a uma chapa pro DCE, sem consultar os estudantes do curso, não é aparelhar? Ou vocês criaram um novo termo para o ato?
Olha só... A diferença não é entre apartidários e partidários. Mas entre quem respeita a democracia nas entidades e quem não respeitam...

Lucas Figueiredo disse...

É meu vei... acho que a gente merecia uma conversa pessoal. Mas assim, só pra deixar claro (mais uma vez) o que a gente é contra é simplesmente que pautas de um partido caiam de paraquedas dentro do movimento estudantil e norteiem o que essas pessoas vão fazer.

Aí já respondendo ao outro post... é verdade que conseguimos apoio de alguns D.As, inclusive alguns D.As participaram da criação do nosso grupo. Obviamente isso não quer dizer que todos os estudantes daquele curso nos apóiam, se isso fosse verdade eu estaria muito é feliz =P . O fato é que isso foi discutido entre os D.As e o nome deles não está aqui à toa.

No mais, eu convido vocês aí pra estarem participando do debate no CCS (Saúde) às 11:30 na quarta-feira (amanhã por sinal). É uma oportunidade bem mais próxima de conhecer a gente e colocar quaisquer tipos de questões.
\o_